Importância


“O Parque do Cocó tem uma importância central no ponto de vista de ecologia urbana no município de Fortaleza”, declarou Rafael Carvalho, docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais da UFC e doutor em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).


Com área total que supera o Parque do Ibirapuera, em São Paulo, e o Central Park, em Nova York, o Cocó é a casa de diversas espécies de animais, como raposas e pica-paus, e possui um ecossistema variado, com presença de manguezal e dunas, por exemplo. 

Além disso, tendo em vista que o contato com áreas verdes contribui diretamente para a saúde humana, tanto física quanto mental, o parque oferece à população mais de 2 km de trilhas interligadas e atividades relacionadas ao lazer, esporte e cultura, que vão desde arvorismo até passeios de barco.

 

O Rio Cocó, que passa por dentro do parque e até por outras cidades, apresenta um comprimento total com mais de 45 km e uma bacia hidrográfica com uma área de aproximadamente 485 km². Segundo Gabriel Aguiar, mestre em Ecologia e Recursos Naturais pela UFC com pesquisa sobre o Parque Estadual do Cocó, a bacia hidrográfica do Cocó abrange ⅔ de Fortaleza, e a água presente nela é a mesma do Açude Gavião, responsável por abastecer todo o município.

Para que tal bacia hidrográfica funcione adequadamente, o ecossistema do tipo manguezal age diretamente, tendo em vista sua função depuradora, explicada pelo professor Rafael: “significa que os manguezais, de certa forma, funcionam como uma válvula de regulação do que a bacia hidrográfica descarrega no mar. Então os manguezais conseguem reter poluentes, reter excessos de elementos químicos que fluem naturalmente nos ecossistemas.”